Dois adolescentes foram apreendidos depois que um deles atirou contra os colegas e o outra deu cobertura no colégio do Paraná. O estudante entrou no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, no Oeste do Paraná, por volta das 9h desta sexta-feira (28/9). O município fica a 60 km de Foz do Iguaçu.
O atirador, de 15 anos, entrou na escola armado e acertou dois colegas: um de 18 anos, que foi alvejado de raspão e outro, de 15, próximo à coluna vertebral, que o deixou em estado gravíssimo.
O de 18 anos foi levado ao hospital, mas já foi para casa depois de receber curativo.
![Na casa do adolescente, policiais apreenderam armas, munição e bombas caseiras — Foto: PM/Divulgação Na casa do adolescente, policiais apreenderam armas, munição e bombas caseiras — Foto: PM/Divulgação](https://s2.glbimg.com/3C-owjy0ACb3nnh_KThAbCGGH4o=/0x0:1152x864/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/B/k/2iNpvwRb6sOvVkBph2hA/armasbombas.jpg)
Durante o ataque, os estudantes corriam desesperados. No vídeo, é possível ver o tumulto e o desespero. O estudante que atirou contra os colegas contou para os policiais que que sofre bullying. Foi a mesma justificativa de um estudante de 14 anos de Goiânia que atirou nos colegas no Colégio Goyazes. Ele matou dois e feriu gravemente outras três.
Filho de agricultores, ele ainda revelou aos policiais que pretendia atirar em pelo menos cinco alvos. A Polícia encontrou com os adolescentes um revólver calibre 22, munição e uma faca.
Estudante que atirou em colegas de Colégio do Paraná tinha carta na mochila
Antes de atirar, contudo, o adolescente escreveu uma carta e deixou dentro da mochila pedindo desculpas. Ali, ainda tinha recortes de notícias de ataques a escolas nos EUA e Brasil.
Para o G1, o delegado Denis Merino comentou: “É considerado uma espécie de atentado. Os alunos eram vítimas de bullying. Um veio com bomba e o outro com uma arma. A bomba foi explodida no pátio do colégio. Na carta encontrada na mochila de um dos alunos ele se justifica sobre o que aconteceu. Ele se sentia menosprezado e humilhado.”
Ainda segundo o delegado Denis Merino, a carta vai passar por perícia para que a letra seja comparada com a dos alunos apreendidos depois do ataque.
Quando chegaram à casa do adolescente que atirou nos colegas, os policiais encontraram armas, facas e bombas caseiras.