O estudante de 15 anos que atirou contra colegas de classe do Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, no oeste do Paraná, feriu dois alunos que não praticavam bullying contra ele. É o que afirma o pai de uma das vítimas. Seu filho foi baleado na região da coluna e será submetido a uma cirurgia para a retirada do projétil, que se alojou na coluna vertebral.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele se lembrou de um vídeo gravado pelo atirador supostamente antes da ocorrência. Nas imagens, o garoto afirmou que era “humilhado” na escola, citou o nome de 11 colegas e os responsabilizou pelo ataque. “Ele cita o nome de algumas pessoas, mas não fala do …”, disse o pai da vítima.
Segundo o pai, o atirador baleou por engano o outro garoto. “O outro menino, que foi atingido na coxa, tem um irmão gêmeo. O irmão gêmeo dele foi citado no áudio, mas ele não.”
O pai da vítima garantiu que o filho nunca praticou bullying contra o colega. “Ele não era desse espírito, nem de longe ele era de querer zoar os outros”, afirmou. “Ele saiu para estudar.”
Estado de saúde
O jovem foi atendido no Hospital Municipal Padre Germano Lauck, em Foz do Iguaçu, e estava sendo transferido no fim da tarde desta sexta-feira, 28, para o Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Seu estado de saúde é estável.
O pai afirmou que o garoto está conversando normalmente, mas que sente muitas dores na perna. “Mesmo com medicamento a dor continua forte. No abdome, não sente nada”, afirmou.
Ele explicou que a bala se alojou na coluna vertebral, o que impediu que o menino perdesse a sensibilidade das pernas. Em Curitiba, os médicos realizarão cirurgia para retirar o projétil.
A outra vítima foi atendida na Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Luz, em Medianeira, e já foi liberado.