O assistente de árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês) começará a ser usado para ajudar os juízes na próxima temporada na Liga dos Campeões, semanas após a tecnologia fazer a sua estreia em competições organizadas pela Uefa na Supercopa da Europa. A decisão foi tomada nesta quinta-feira pelo Comitê Executivo da Uefa, que também aprovou a adoção do VAR na Eurocopa de 2020 e na Liga Europa da temporada 2020/2021.
Assim, a Europa vai adotar o VAR 14 meses após a Fifa introduzi-lo na Copa do Mundo na Rússia. E isso se dará pela primeira vez em 14 de agosto de 2019, em Istambul, no jogo entre o campeão da Liga dos Campeões desta temporada e o vencedor da Liga Europa.
O calendário foi sugerido no último mês pelo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, que tem sido mais cético do que Gianni Infantino, o presidente da Fifa, sobre a utilização da tecnologia.
“Estamos confiantes de que a introdução do VAR em agosto de 2019 nos dará tempo suficiente para colocar em prática um sistema robusto e para treinar os árbitros para garantir uma implementação eficiente e bem-sucedida”, disse Ceferin, nesta quinta-feira, em um comunicado.
Em um dia de avanço para o sistema, a Confederação Asiática de Futebol disse que pretende usar a revisão de vídeo em “alguns jogos” da Copa de Ásia de 2019, que será disputada de 5 de janeiro a 1º de fevereiro nos Emirados Árabes Unidos.
Árbitro de vídeo
A revisão de vídeo pode ser usada em quatro tipo de lance: gols, pênaltis, cartões vermelhos e de dúvida sobre a identidade de jogadores.
A falta de revisão de vídeo na Liga dos Campeões desta temporada foi destaque na semana passada, quando Cristiano Ronaldo recebeu pela primeira vez um cartão vermelho na competição após desentendimento e leve puxão do cabelo de um jogador do Valencia. Sem acesso ao VAR, o árbitro definiu pela expulsão após consultar um dos seus assistentes.
A introdução da tecnologia de vídeo pela Uefa na próxima temporada coloca em dúvida a continuidade dos árbitros assistentes que ficam ao lado dos gols. Eles foram adotados na gestão de Michel Platini, que se opõe fortemente a conceder ajudas tecnológicas aos árbitros.