João Marins da Silva, de 65 anos, morreu depois que ele abriu a porta de casa para dois homens e uma mulher na Rua Angelo Domingos Borges, no setor Marolina, no município de Itumbiara, a 209 km de Goiânia. Ele levou dois tiros que acertaram o abdómen e o braço com um pistola .40.
Familiares contaram à polícia que os três pediram água e, depois, atiraram. O idoso chegou a ser levado para o Hospital Municipal de Itumbiara pelo Corpo de Bombeiros.
Para o delegado Marcos Antônio Maluf, há suspeita de que o crime tenha sido motivado por vingança. Segundo testemunhas, um homem teria morrido em uma festa perto da casa de João Marins no domingo (23/9). Ninguém confirmou à reportagem se a vítima teria algum envolvimento na confusão.
“Era uma briga envolvendo um casal. Sei que alguém deu uma paulada nesse homem, que morreu depois”, conta, sem querer se identificar, um vizinho da casa número 24, onde João vivia com a mulher.
Crime em Itumbiara pode ter relação com briga dois dias antes
“Há rumores de que tenha sido por vingança. Mas não temos detalhes”, tenta esclarecer o delegado Maluf.
As três pessoas chegaram em um carro de cor “escura”, como descreveram testemunhas. O trio teria ido à residência porque pensava que o responsável pela morte do parente deles no domingo ainda estivesse ali.
O corpo de João Marins foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) e está sendo velado na Funerária Santa Rita. A reportagem tentou falar com a família, mas não quiserem comentar o ocorrido.
O clima é de medo no bairro. A reportagem levantou contatos de comerciantes na região, mas em todas as ligações imperavam o silêncio.
A dona de uma frutaria, por exemplo, desligou a ligação quando foi perguntada se ela conhecia os ciganos. “Moço, tchau”. Um rapaz que faz entrega em uma farmácia também preferiu encerrar a ligação. “A gente não fala desse povo que fica acampado por aqui”, disse a funcionária de uma mercearia de um bairro ao lado.