Com 4.721 novas oportunidades com carteira assinada abertas em agosto, Goiás é a sétima Unidade da Federação que mais gera empregos no país. Aliás, o mês passado é o melhor dos últimos anos porque Goiás não via um agosto tão bom assim desde 2012. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho (MTb), por meio de seu Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que é uma espécie de bússola das contratações no mercado formal.
Os números de agosto revelam que, em relação a julho, o crescimento no número de postos de trabalho foi de 0,38%. No estado, à exceção da administração pública, que apresentou 12 baixas, todos os setores econômicos contrataram mais que demitiram. O grande destaque é o setor de serviços, que apresentou 2.088 novas oportunidades como saldo líquido entre admissões e demissões. Os setores de comércio (935 contratações), construção civil (759) e indústria de transformação (533) também triunfaram, seguidos da agropecuária (285), dos serviços industriais de utilidade pública (125) e da indústria extrativa mineral (oito contratações).
No acumulado de 2018, Goiás já criou 42.825 oportunidades. Em termos comparativos, o volume de empregos gerados no estado este ano é superior à população inteira de 218 municípios goianos (ou 89% dos 246). O estado tem, hoje, conforme dados do MTb, 1,24 milhão de trabalhadores com carteira assinada, o oitavo maior estoque do país.
Mercado de trabalho em Goiás
A capital de Goiás, Goiânia, liderou as contratações em agosto, com saldo positivo de 1.486 inserções no mercado de trabalho. Goiânia foi puxada pelo setor de serviços que, sozinho, criou 970 oportunidades. Ao lado, Aparecida de Goiânia segura o bastão de segundo lugar, com saldo de 1.192 empregos criados, e seu motor é o mesmo da capital: o setor de serviços de Aparecida abriu 666 postos com carteira assinada.
Na outra ponta, o município de Valparaíso de Goiás fechou no vermelho, com 306 demissões de saldo, em razão das baixas no setor de serviços, que sepultaram 270 empregos. Ele é seguido por Bom Jesus de Goiás, que registrou 137 desligamentos e é vice-líder. O carro-chefe das demissões em Bom Jesus é a agropecuária, que encerrou 66 oportunidades.
No acumulado do ano, de janeiro a agosto, Goiânia é o quinto município do Brasil que mais gerou empregos, com 7.045 vagas computadas pelo Caged. Em seguida está Cristalina, na oitava posição e com 5.572 novas oportunidades.
Por outro lado, Mineiros é um dos 50 municípios que mais demitem no país, com 755 trabalhadores expulsos do mercado formal.
MUNICÍPIOS QUE MAIS CONTRATARAM
Goiânia – 1.486
Aparecida de Goiânia – 1.192
Cristalina – 823
Nerópolis – 351
Alto Horizonte – 194
Formosa – 157
Anápolis – 150
Luziânia – 120
Niquelândia – 108
Senador Canedo – 102
Goianésia – 89
Quirinópolis – 82
MUNICÍPIOS QUE MAIS DEMITIRAM
Valparaíso de Goiás – 306
Bom Jesus de Goiás – 137
Planaltina – 126
Caldas Novas – 104
Santa Helena de Goiás – 101
Trindade – 97
Rio Verde – 58
Catalão – 53
Ipameri – 50
Pontalina – 50
Santo Antônio de Goiás – 42
Uruaçu – 42
Com informações do jornalista André Santos.