A brasileira Amanda Refatti Viezzer, de 19 anos, que estava desaparecida na Itália desde o sábado, 22, foi localizada pela família nesta terça-feira, 25. Segundo a mãe da jovem, Michele Refatti, a garota foi detida pela polícia italiana na imigração ao desembarcar no Aeroporto de Roma.
Michele afirmou, em entrevista ao programa Timeline Gaúcha, da Rádio Gaúcha, que sua filha foi retida em uma triagem que faz parte de uma investigação de combate à prostituição na Itália.
“Amanda é nova, ela é bonita. Estão fazendo isso porque eles estão combatendo a prostituição”, disse a mãe da garota à rádio. “Eles estão atrás de uma quadrilha de aliciadores, fazendo uma investigação para ver se ela está entrando por isso (para se prostituir) ou para estudar.”
Até o início da tarde desta terça, Michele não havia ainda conseguido se comunicar com a filha. Uma prima que mora na Itália está acompanhando o caso de Amanda com as autoridades do país europeu e foi informada pelo cônsul brasileiro que a jovem estava presa na triagem.
Gaúcha, Amanda mora com a mãe e o irmão em Florianópolis. Ela viajou para estudar Italiano com o objetivo de se tornar trilíngue. A garota é comissária de bordo e está se preparando para virar piloto de avião.
A mãe contou que o último contato que teve com a filha foi quando a jovem ainda estava dentro da aeronave. “Ela comprou internet no voo e falou assim: ‘Mãe, estou chegando’. Falou comigo cinco minutos antes do desembarque, depois não falou mais”, disse ao programa de rádio. “Eu comecei a entrar no desespero porque ela não falava comigo.”
Pelo itinerário programado, Amanda deveria ter feito a conexão em Roma para seguir para Veneza no mesmo dia, onde ela faria o curso de Italiano.
A família chegou a registrar o desaparecimento da garoto na Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas (DPPD) da Polícia Civil de Santa Catarina. No site do órgão, ainda constava nesta terça o registro da jovem com uma foto e informações de contato. Nas redes sociais, família e amigos se mobilizaram para divulgar o sumiço.
Procurado pela reportagem, o Ministério das Relações Exteriores informou que está averiguando o caso. “Em respeito à privacidade dos nacionais, não serão fornecidas informações de cunho pessoal sobre os cidadãos”, afirmou o Itamaraty, em nota.