Confrontando os perigos da ameaça nuclear norte-coreana, o presidente americano, Donald Trump, chegou em Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas nesta segunda-feira, 24, com um tom bem menos agressivo do que um ano atrás, e anunciou que provavelmente terá uma segunda cúpula com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, “muito em breve”.
Doze meses depois que Trump esteve no púlpito da Assembleia Geral e se referiu a Kim como “rocket man”, os esforços para a desnuclearização da Península Coreana se tornaram um trabalho em andamento, e o medo da guerra deu lugar à esperança de reaproximação. As denúncias belicosas do presidente a Pyongyang foram substituídas, em grande parte, por expectativa.
“Era um mundo diferente”, disse Trump nesta segunda, sobre o apelido que havia dado a Kim. “Aquele foi um momento perigoso. Um ano depois, este é um momento muito diferente.” Ele acrescentou que o secretário de Estado, Mike Pompeo, já trabalha nas preparações para uma segunda reunião com Kim.
A reunião deve ocorrer mesmo que funcionários do governo americano argumentem que a Coreia do Norte não tenha seguido seus compromissos de tomar medidas rumo à desnuclearização. Pompeo defendeu a decisão de Trump de realizar outra cúpula, apesar do lento progresso nas negociações. “Já passamos por isso durante muito tempo e falhamos”, disse.
“Tentamos fazer de maneira detalhada. Tentamos fazer passo a passo. Tentamos fazer por meio do comércio. Cada uma (das tentativas) falhou.” Pompeo disse que a reunião dos dois líderes, que são “os indivíduos que de fato tomam as decisões que movem o processo adiante”, pode alcançar um grande avanço.