O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que o Banco Central monitora os mercados financeiros e as oscilações do dólar, mas destacou que o mandato da autoridade monetária é controlar a inflação. O ministro destacou que “evidentemente em momentos de maior volatilidade”, como já ocorreu no passado, o BC interveio de maneira coordenada com o Ministério da Fazenda, no câmbio e nos mercados de juros, respectivamente. E destacou que novas intervenções nesses dois mercados ocorrerão “se e quando acharmos que for importante e necessário”.
Guardia ressaltou que nunca faz previsões sobre a taxa de câmbio, depois de ter sido perguntado qual seria a tendência do dólar após as eleições presidenciais. “A taxa de câmbio é flutuante. Acredito que o Brasil precisa fazer é seguir adiante com as reformas, que vão melhorar os fundamentos da economia brasileira e aumentar a nossa capacidade de absorver choques externos e crescer mesmo num contexto internacional mais desafiador”, disse.
Segundo o ministro, a resposta consistente para eventuais momentos de alta oscilação do câmbio é a continuidade do processo de reformas e melhorar os fundamentos da economia brasileira, sobretudo porque a grande dificuldade do Brasil está no desequilíbrio das contas públicas. “Não temos problemas de contas externas, de inflação, temos taxas de juros em patamar baixo, mas temos ainda um desafio grande na área fiscal.”
Os comentários foram feitos depois de almoço no qual o presidente Michel Temer foi homenageado pela Câmara do Comércio dos Estados Unidos.