A Prefeitura de Sorocaba, no interior de São Paulo, lançou neste sábado, 22, as obras da primeira linha do BRT (Bus Rapid Transit), na cidade de 671 mil habitantes.
O serviço vai interligar com ônibus rápidos a região central e a zona norte, a de maior população e a mais congestionada da cidade. Pela Avenida Itavuvu, onde foram iniciadas as obras do corredor exclusivo para o BRT, passam cerca de 45 mil veículos por dia. Conforme o prefeito José Crespo (DEM), o tempo menor de viagem deve motivar as pessoas da região a deixarem o carro em casa.
As obras da primeira linha devem durar seis meses e, nesse período, haverá interdições na avenida, principal corredor viário da região. A Urbes, empresa municipal de trânsito, preparou rotas alternativas para os motoristas. A intervenção vai exigir o remanejamento da rede elétrica e os bairros podem ser afetados pelo desligamento da energia.
Os outros corredores previstos no contrato com o consórcio que vai operar o BRT têm como eixos as avenidas Ipanema, também na zona norte, e General Carneiro, na região oeste. De acordo como a prefeitura, a entrada em operação do BRT não vai alterar a tarifa do transporte coletivo – atualmente o passe comum custa R$ 4,20.
O consórcio BRT Sorocaba, formado pelas empresas MobiBrasil e CS Brasil, obteve a concessão para operar o sistema por vinte anos. Além de construir 68 km de corredores e faixas exclusivas, a concessionária terá de adquirir a frota de 125 ônibus com Wi-fi e ar condicionado, sendo 41 articulados.
Do investimento previsto, de R$ 384 milhões, o Ministério das Cidades financiará R$ 133 milhões e a prefeitura dará contrapartida de R$ 6,6 milhões. O restante será investido pelo consórcio, que deve lançar mão de financiamentos privados.