O corpo de Gleyce da Silva Menezes, de 44 anos, morta pelo marido no sábado (22/9) em Aparecida de Goiânia, será enterrado hoje na capital. O sepultamento está previsto para ocorrer às 15h no Cemitério Parque Memorial de Goiânia.
Nas redes sociais de Gleyce amigos e parentes, ainda chocados com o crime, se despedem da mulher e pedem políticas mais duras contra o feminicídio. Em um dos posts uma amiga de Gleyce escreveu “MEU CORAÇÃO ESTA DE LUTO UMA GRANDE PERDA MULHER GUERREIRA”.
“Feminicídio é o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher. Suas motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres, comuns em sociedades marcadas pela associação de papéis discriminatórios ao feminino, como é o caso brasileiro….É por isso que lutamos contra o ódio; mulher não é objeto, não é posse de ninguém, não é frágil, não é menos, é mulher; hoje morre um pedacinho de nós, hoje morremos um tantinho, poderia ser você, mulher, que vocifera a favor de um candidato declaradamente machista! Estranhamente essa abominação acontece pós carreata a favor de um candidato com “um discurso” que coloca a mulher como menos!!! Meu coração está de luto! O silêncio da morte é grande, o do nosso coração ainda maior, mas o nosso grito e nossa força serão sempre de resistência, de luta pela nossa existência!!!!!”, completou Patrícia Alves na postagem.
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Morta pelo marido
O crime ocorreu na tarde de ontem (22/9). Gleicy foi encontrada já sem vida próximo a cozinha da casa, onde morava com Ademar de Jesus Sales, de 63 anos, autor confesso do crime.
Ademar teria estrangulado a mulher após um vídeo íntimo indicar uma suposta traição. Logo após cometer o crime, o homem ligou para os parentes de Gleyce contando o que tinha feito e sem seguida tentou se matar. Ele foi preso pela Polícia Militar (PMGO) juntamente com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Aparecida de Goiânia.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial, mas será encaminhado para o Grupo de Investigação de Homicídios de Aparecida de Goiânia (GIH), que fica na Vila Brasília.
Gleicy e Ademar eram casados há mais de 20 anos e criaram dois filhos, um de 26 e outro de 22 anos, único filho biológico de Ademar. Os rapazes moram na Bélgica e até o momento não se sabe se chegarão a tempo do enterro da mãe.
Agressão
De acordo com um irmão de Gleyce ao G1, ela havia sido agredida pelo marido a cerca de 20 dias. Ela chegou a sair de casa e registrar um boletim de ocorrência. Ademar, arrependido de ter batido na mulher, pediu perdão para Gleyce e para os pais dela. A dona de casa havia voltado a conviver com o homem 10 dias antes do crime.