O Cruzeiro anunciou nesta quinta-feira que protocolou junto à Conmebol o pedido da anulação do cartão vermelho apresentado a Dedé na última quarta, na derrota por 2 a 0 para o Boca Juniors em Buenos Aires. A expectativa do clube é de que o zagueiro seja liberado para jogar no duelo de volta das quartas de final da Libertadores, contra o mesmo adversário, dia 4 de outubro, no Mineirão.
“Poucas horas após o mundo do futebol se espantar com a expulsão injusta do zagueiro Dedé contra o Boca Juniors, a diretoria estrelada iniciou uma missão com o intuito de minimizar o prejuízo provocado pelo árbitro paraguaio Eber Aquino no jogo de ida das quartas de final da Copa Conmebol Libertadores”, explicou o clube.
Enquanto a delegação do Cruzeiro retornava da Argentina para o Brasil, o presidente Wagner Pires de Sá e o supervisor administrativo Benecy Queiroz embarcaram na manhã desta quinta para Luque, no Paraguai, onde fica a sede da Conmebol. Lá, passaram o dia em reuniões com dirigentes e representantes de diversos setores da entidade.
Depois destes encontros, o presidente contatou o vice jurídico do Cruzeiro, Fabiano de Oliveira Costa, e protocolou oficialmente o pedido da anulação. De acordo com a avaliação de Pires de Sá, a visita à Conmebol foi “bastante positiva”.
“Fiquei bastante satisfeito pela maneira com que fomos recebidos na Conmebol. Estamos indignados com tudo o que aconteceu ontem na Bombonera. Não podemos admitir que a decisão pessoal de um árbitro coloque em xeque um sistema tão avançado como o VAR, que vem para contribuir com os avanços do futebol mundial”, declarou o dirigente.
Aos 29 minutos do segundo tempo na quarta-feira, quando o Cruzeiro perdia por 1 a 0, Dedé subiu para disputar uma bola de cabeça e acabou casualmente acertando a cabeça no queixo do goleiro Andrada. Alertado pela equipe do VAR, o árbitro Eber Aquino analisou as imagens e expulsou o zagueiro. Minutos mais tarde, o Boca Juniors marcou o segundo e selou o resultado.