Pelo menos 120 policiais deflagraram a Operação Conúbio IV que prendeu grupo que atuava em ‘disque-droga’ em Goiânia na última terça-feira (18/9).
A Operação apreendeu cocaína, maconha, ecstasy, lsd, arma de fogo, dinheiro e veículos. O grupo, que estava sendo investigado há quatro meses, compunha uma organizado sistema de distribuição varejista de drogas, com mais de 800 clientes que eram cadastrados. O lucro mensal, segundo a Polícia Civil, foi estimado em R$ 300 mil.
Os criminosos mantinham até uma central telefônica, onde os suspeitos Douglas Henrique Silva e a mulher delem Ana Paula Soares Rosa, atendiam aos pedidos e determinavam a entrega de drogas. Pelo menos cinco motociclistas em toda grande Goiânia faziam o serviço.
A investigação identificou Rafael Nagel Viana, Victor Caifas Garcia, Gleiby Winnícius da Silva Pinto – que está foragido – João Paulo Modesto Ferro e Pablo Geovanni Macedo. Ainda segundo os policiais, Silas Coelho Costa Júnior coordenava as ações, gerindo a arrecadação, articulando a aquisição e distribuição de drogas, pagamentos e depósitos.
A organização fazia mais de 300 entregas por dia. O grupo era organizado em funções e hierarquias, onde alguns dos grupos nem se conheciam, o que chamou atenção dos policiais por ser incomum. Apenas Silas, no entanto, conhecia toda a organização criminosa.
Além dos nomes acima, foram detidos Vinícius Matoso Medeiros, Renilto Fernandes Coelho Júnior, Rhomulo Henrique Germano Moraes e Jorge Eduardo Vieira Silva.
Apesar de não integrarem a organização, os quatro tinham vínculos com determinados membros e, por conta própria, também comercializavam drogas. Batizada de Conúbio IV, a operação vincula-se às operações Conúbio (I, II e III), deflagradas pela DENARC em 2017.
Em uma delas, há quinze dias, quinze pessoas foram condenadas a penas que somam 103 anos de reclusão, dentre elas o atual articulador do comércio de cocaína: Silas Coelho Costa Júnior, condenado há dez anos e 10 meses de reclusão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse de arma de fogo. Não obstante indiciado em 2017, Silas foragiu enquanto seus 15 comparsas foram presos.
Nas ruas, reestruturou-se e criou uma nova organização, com novos membros, continuando a disseminar grande quantidade de cocaína na grande Goiânia. Acredita-se, portanto, que vários de seus antigos parceiros de crime estejam envolvidos na atual organização, o que, com as prisões e apreensões, será doravante investigado de maneira mais detida e profunda. Os presos vão responder por tráfico de drogas, organização criminosa e posse de arma de fogo, podendo, se condenados, pegar mais de 25 anos de reclusão e multa.