Os oitos presos considerados da mais alta periculosidade de Goiás foram transferidos na tarde da última segunda-feira (17/9) para o Estado de Rondônia. A transferência dos detentos, líderes de facções criminosas, foi realizada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), juntamente com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP).
Os condenados, vistos como os mais perigosos do Estado de Goiás, cumpriam pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, e agora estão na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Irapuan Costa Júnior, a ação para garantir o recambiamento começou há dois meses e contou com a aprovação do Ministério da Justiça. Para evitar rebeliões, toda negociação foi feita em total sigilo.
A um jornal local, o secretário declarou que os detentos representam a mais alta periculosidade. “Eles são os oito presos mais perigosos. Podemos afirmar com segurança que a maioria dos assassinatos ordenados na capital são comandamos pelos indivíduos que foram hoje transferidos. Eles ficarão segregados e não poderão dar ordens de crimes”, conta.
Devido ao risco da operação de transferência dos presos, eles foram levados em um avião Força Aérea Nacional (FAB), com local de destino determinado pelo próprio Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Irapuan ainda diz que se tratou de uma “uma operação de guerra”. “A inteligência trabalhou para que mantivéssemos o maior sigilo possível para que não houvesse rebeliões nas prisões ou manifestações do lado fora”, afirmou.
A segurança nos presídios estaduais também foi reforçada para que não houvesse nenhuma confusão e, para o secretário, essa foi a maneira de impedir que esses líderes de facções comandem crimes de dentro das unidades penitenciárias.
Dentre os transferidos, todos respondem por homicídio e grande parte deles também foram indiciados por associação criminosa, roubo e tráfico de drogas. Apenas um dos presos foi condenado pela morte de 15 pessoas.
Confira a lista com os oito presos mais perigosos de Goiás que foram transferidos para Rondônia
Sérgio Dantas da Silva Filho – 24 anos e 9 meses de prisão
José Constantino Júnior – 31 anos e dois meses de prisão
Renato Pereira do Nascimento – 23 anos de prisão
Carlos Alberto Lopes – 94 anos e três meses de prisão
Natair de Moraes Júnior – 41 anos e 2 meses de prisão
Heully Rios dos Santos – 49 anos e 6 meses de prisão
Fernando Alves Motta – 26 anos e 4 meses de prisão
Flávio Fernandes da Silva – 97 anos e 7 meses de prisão