O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 0,57% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou nesta segunda-feira, 17, a instituição. A elevação ocorre depois de avanço de 3,42% em junho (dado já revisado), em movimento de recuperação após a greve dos caminhoneiros.
O índice de atividade calculado pelo BC passou de 138,17 pontos para 138,96 pontos na série dessazonalizada de junho para julho. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde outubro de 2015 (139,05 pontos).
A atividade em maio havia sido prejudicada pela paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil, verificada nas últimas semanas do mês. Em junho, o movimento arrefeceu e a atividade voltou a acelerar. Agora, em julho, mais uma vez, o indicador apresentou alta, embora em ritmo menor que o do mês anterior.
O aumento do IBC-Br ficou acima do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre queda de 0,67% e avanço de 0,50% (mediana positiva de 0,10%).
Na comparação entre os meses de julho de 2018 e julho de 2017, houve alta de 2,56% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 142,19 pontos em julho, ante 138,64 pontos de julho do ano passado.
O indicador de julho de 2018 ante o mesmo mês de 2017 veio dentro do intervalo das projeções, mas mostrou desempenho acima do apontado pela mediana (1,75%) de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções (0,80% a 2,90% de intervalo). O patamar de 142,19 pontos é o melhor para meses de julho desde 2015 (143,63 pontos).
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão atual do BC para a atividade doméstica em 2018 é de avanço de 1,6%.