Uma passageira, de 18 anos, se desesperou dentro de um ônibus do Eixo Anhanguera, em Goiânia, quando percebeu que um homem de 29 anos esfregava as partes íntimas nela na noite de quinta-feira (13/9). Quando o ônibus chegou ao Terminal Padre Pelágio, no Setor Ipiranga, a Polícia Militar prendeu o agressor e o levou à delegacia.
Conforme os policiais militares do Estado de Goiás (GO) que atenderam a ocorrência, os passageiros denunciaram que o homem se masturbou e ejaculou no transporte coletivo, causando revolta.
“A moça percebeu que ela esfregava nela enquanto os dois estavam de pé. Ela tentava fugir dele e ela até deu uma cutucada. Depois que percebeu que não adiantaria, chamou pela mãe. Logo a mãe e outros passageiros se envolveram”, explica a delegada Aline Leal, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
De acordo com a delegada, testemunhas viram que o homem ejaculou dentro do ônibus.
Homem que ejaculou no Eixo Anhanguera é liberado
A Polícia Civil registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o agressor pelo crime de importunação ofensiva ao pudor. Depois de assinar o TCO, ele foi liberado, mas terá de comparecer à audiência no Juizado Especial Criminal.
Quando uma pessoa se aproveita, criminosamente, do excesso de passageiros para passar a mão ou se esfregar em outra pessoa, é uma contravenção penal chamada de importunação ofensiva ao pudor e está prevista no art. 61 da Lei das Contravenções Penais, cuja pena é multa.
Esse é um caso atípico em Goiânia. Há inúmeros relatos de homens que esfregam nas mulheres, sobretudo em horário de rush. Em São Paulo, desde 2016 histórias do tipo causaram indignação entre os usuários do metro, trem e ônibus coletivo.
Em um dos casos, um homem foi preso em Bom Retiro, na região central da cidade de São Paulo. Os passageiros que presenciaram o crime detiveram o homem até a chegada da polícia. O homem assinou, como de praxe, um termo circunstanciado por importunação ofensiva ao pudor e, como prevê a Lei, foi liberado.
O ônibus ligava o Terminal Sapopemba ao Princesa Isabel e passava pela Rua José Paulino no momento do crime.
No ano anterior, outro homem ejaculou em uma uma mulher no ônibus na Avenida Paulista foi preso e depois liberado. A decisão levantou polêmica. O acusado, Diego Ferreira de Novais, havia sido preso anteriormente três vezes por estupro e tinha cerca de 12 boletins de ocorrência por crimes sexuais em São Paulo.