No Result
Ver todos os resultados
No Result
Ver todos os resultados
No Result
Ver todos os resultados

UE vota intervenção inédita na Hungria para limitar ação de líder nacionalista

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 12/09/2018 às 08:00
Compartilhe no WhatsappCompartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterCompartilhe no Pinterest

O Parlamento da União Europeia vota nesta quarta-feira, 12, uma proposta de intervenção política na Hungria para impedir que o primeiro-ministro, Viktor Orban, amplie reformas que retiram autonomia dos poderes Legislativo e Judiciário. Para os eurodeputados, a Hungria, sob gestão do premiê de extrema direita, representa um “risco claro de violação grave dos valores” do bloco.

A votação em Estrasburgo, na França, é inédita porque o Parlamento Europeu nunca chegou a ser acionado em um caso de infração do Artigo 7 do Tratado Europeu. O processo contra a Hungria corre desde 17 de maio de 2017. Um mês depois, em 26 de julho de 2017, a Comissão Europeia – braço executivo da UE – abriu uma iniciativa semelhante contra o governo da Polônia, contestando suas medidas de restrição da liberdade de imprensa e de independência do Ministério Público e da Justiça.

Leia também

Veja o momento em que Trump sofre atentado a tiros durante comício

Veja o que se sabe sobre a tentativa de assassinato contra Donald Trump

Anvisa suspende lotes do detergente Ypê por risco de contaminação; entenda

Anvisa suspende lotes do detergente Ypê por risco de contaminação; entenda

O processo aberto no Parlamento é visto como menos técnico e unilateral do que o da Comissão Europeia contra a Polônia, por envolver os parlamentares e o voto direto. Os eurodeputados não podem impedir as reformas, mas podem punir a Hungria com a suspensão de direitos políticos e subvenções econômicas. Como a obediência é obrigatória, as autoridades húngaras também podem ser punidas.

Orban é acusado de ter aparelhado o Estado com membros de seu partido, o Fidesz, e restringido a ação dos órgãos de controle. Um exemplo é o Tribunal Constitucional, que perdeu autonomia. Outro alvo de repressão, segundo os relatores do Parlamento, é a imprensa húngara, controlada por um órgão regulador que pode sancionar veículos de informação que difundam notícias consideradas “falsas” – ou seja, contrárias aos interesses do premiê, de seu governo, do partido, do “cristianismo” e da “família tradicional”.

Instituições de ensino como a Universidade da Europa Central, financiada em parte pelo bilionário americano George Soros, tiveram a liberdade acadêmica restringida, segundo a UE. Por fim, ONGs são com frequência classificadas como “agentes estrangeiros” e têm sua atuação limitada no país – como acontece na Rússia.

Não bastasse, a reforma eleitoral realizada sob o comando de Orban teria beneficiado seu partido, o que lhe permite dispor hoje de dois terços do Parlamento – o necessário para mudanças constitucionais -, mesmo tendo 49,3% dos votos na última eleição.

Relatora da acusação, a eurodeputada Judith Sargentini (Partido Verde) chamou os congressistas a se posicionar em maioria de dois terços contra Orban – o necessário para a aprovação.

Depois de semanas na ofensiva, quando se colocou como o líder da Europa anti-imigração, contra a Europa pró-imigração, segundo ele liderada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, Orban se mostrou acuado nesta terça-feira, 11. Chegou ao plenário com 15 minutos de atraso e teve seis minutos de discurso para fazer sua defesa. Sua situação é difícil porque 4,4% do PIB húngaro provém de fundos europeus, que investem em infraestrutura, subsídios agrícolas e outros setores da economia.

Do ponto de vista político, a situação também é delicada porque Orban vem perdendo apoio de um de seus principais aliados. Nesta terça, o premiê da Áustria, Sebastian Kurz, que lidera uma coalizão com a extrema direita, orientou os eurodeputados conservadores do país a votar em favor da punição.

Orban também está pressionado pela hipótese de perda de sustentação política na UE, uma vez que o Partido Popular Europeu (PPE), a aliança das legendas de direita no Parlamento, analisa a expulsão de seu partido do grupo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tags: hungriaintervençãoue

Notícias relacionadas

Governo adia Concurso Unificado em todo país devido tragédia no RS

Governo adia Concurso Unificado em todo país devido tragédia no RS

O Governo Federal decidiu nesta sexta-feira (3) adiar a aplicação das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU) em todo...

Brasileira que sofreu estupro na Índia agradece apoio e diz que 'seguirá a vida'

Brasileira que sofreu estupro na Índia agradece apoio e diz que ‘seguirá a vida’

A influencer brasileira Fernanda Santos que sofreu um estupro coletivo na Índia agradeceu ao apoio que teve desde que...

Siga o Portal Dia nas redes sociais

Sobre o Dia

  • Anuncie no Dia Online
  • Quem somos
  • Expediente
  • Contato
  • Trabalhe Conosco
  • Transmita ao vivo

Editorias

  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Educação
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Gastronomia
  • Mercado de Trabalho
  • Mundo
  • Política
  • Saúde
  • Trânsito
  • Uncategorized
  • Anuncie no Dia Online
  • Quem somos
  • Expediente
  • Contato
  • Trabalhe Conosco
  • Transmita ao vivo

Redes Sociais

© 2024 - Todos os direitos reservados.

Segurança e Privacidade

No Result
Ver todos os resultados
  • Home
  • Últimas Notícias
  • Editorias
    • Cidades
    • Brasil
    • Mundo
    • Política
    • Economia
    • Entretenimento
    • Trânsito
    • Saúde
    • Esportes
    • Educação
    • Gastronomia
    • Mercado de Trabalho
    • Mundo
    • Política
  • DiaPlay
  • Anuncie
  • Contato

© 2022 Todos os direitos reservados.

No Result
Ver todos os resultados
  • Home
  • Últimas Notícias
  • Editorias
    • Cidades
    • Brasil
    • Mundo
    • Política
    • Economia
    • Entretenimento
    • Trânsito
    • Saúde
    • Esportes
    • Educação
    • Gastronomia
    • Mercado de Trabalho
    • Mundo
    • Política
  • DiaPlay
  • Anuncie
  • Contato

© 2022 Todos os direitos reservados.