No prazo de doze dias, dois bebês foram assassinados pelos próprios pais em Goiás. O primeiro caso ocorreu no dia 1º de setembro, em Aparecida de Goiânia, quando o pai de um recém-nascido o lançou contra a parede após se irritar com o choro da criança. Já o outro crime, com “motivação” semelhante, ocorreu na madrugada desta quarta-feira (12/9) em Luziânia, entre Goiás e o Distrito Federal.
Os casos chocam pela crueldade, porque além de se tratar de bebês indefesos, as crianças foram mortas em momentos de “fúria” dos próprios pais. Outro fator de semelhança entre as mortes é que nos dois casos os homens discutiam com as mulheres, mães das crianças, dado que mostra a incidência de violência doméstica.
Bebês assassinados pelos próprios pais em Goiás: caso Aparecida de Goiânia
No dia 1º de setembro, Walison Alves Lima, de 27 anos, foi preso em flagrante na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, para onde a criança foi encaminhada após o crime, ocorrido no Bairro Expansul.
O homem confessou ter arremessado o próprio filho contra a parede durante uma discussão com a mãe da criança. Davi Lucas Alves da Silva, de 54 dias de vida, chegou a ser atendido por médicos da UPA, mas não resistiu aos ferimentos causados pela agressão.
Walison, preso pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Aparecida de Goiânia, confessou ainda que estava bêbado, mas não tinha intenção de matar o bebê. Ele contou à Guarda que jogou a criança contra a parede, mas que não foi “muito alto”, e que no momento do crime “não sabe o que passou pela cabeça”.
O pai foi autuado por homicídio qualificado por motivo fútil. Dois dias após o crime, no dia 3 de setembro, o homem passou por audiência de custódia na 4ª Vara Criminal da Comarca do município, presidida pelo juiz Leonardo Fleury Curado Dias, que decidiu manter Walison preso preventivamente até o fim das investigações.
Bebês assassinados pelos próprios pais em Goiás: caso Luziânia
O segundo caso ocorreu na madrugada de hoje (12/9), no Jardim Ingá, em Luziânia. Maycon Salustiano Silva, de 25 anos, atirou contra o peito do próprio filho durante uma discussão com a mãe do bebê, depois de também ter se irritado com o choro. Assim como Walison, ele também foi preso em uma UPA, ao levar a criança, já sem vida, para receber atendimento médico.
A mãe da criança, Jeniffer Ribeiro da Silva, de 20, contou à polícia que tentou impedir a morte do filho. De acordo com ela, tudo aconteceu após negar a manter relações sexuais com Maycon, que enfurecido a ameaçou e em seguida atirou no bebê, que estava no berço, com uma garrucha calibre 22.
Maycon confessou o crime, foi preso em flagrante e deve passar por audiência nesta quinta-feira (13/9). Já a conduta de Jeniffer, liberada após o depoimento, será investigada para saber se ela participou do crime.