A Prefeitura de São Paulo não recebeu nenhuma proposta de interesse em administrar o Mercado Municipal de Santo Amaro, na zona sul da capital. A gestão do PSDB esperava que essa seria a primeira concessão a ser efetivada no Plano Municipal de Desestatização, iniciada pelo ex-prefeito João Doria, atualmente candidato do PSDB a governador do Estado de S. Paulo.
O prazo para entrega de propostas para o mercado se encerrou às 11 horas desta terça-feira, 11, mas não houve nenhuma empresa interessada. “Apesar de o edital ter atraído o interesse do mercado privado, as incertezas geradas levaram diversos grupos a pedir o adiamento dos prazos e a revisão de pontos do projeto”, diz nota da prefeitura.
As “incertezas” citadas pela prefeitura se referem a dois entraves sofridos nos últimos meses. O primeiro foi a interrupção da concessão do parque Ibirapuera, em julho, após o governador Márcio França (PSB) impedir que uma parte estadual da área fosse incluída no pacote. O segundo, no mês passado, foi a suspensão da concessão do Pacaembu pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).
Reforma
O edital previa que venceria quem oferecesse o maior valor de pagamento de outorga à cidade. O valor mínimo determinado foi de R$ 458 mil por ano.
O vencedor da concorrência ficaria com o mercado por 25 anos, tendo como principal responsabilidade a reforma do local, que teve metade de suas lojas destruídas por um incêndio em setembro de 2017.
Quando anunciou a concessão do espaço, Doria defendeu que seria a forma mais rápida de reconstruir o mercado.
A Prefeitura informou que o edital de concessão do mercado será revisto e republicado “em breve”, mas a sessão de entrega de propostas será remarcada para data posterior ao período eleitoral.