Com tramitação favorável em primeira votação na Assembleia Legislativa, segue nesta terça-feira (11/9) para segunda e definitiva votação do Plenário, o Projeto de Lei que determina a criação de Colégios da Polícia Militar do Estado de Goiás. O projeto que transforma colégios goianos em militares, de autoria do deputado Helio de Sousa (PSDB), está presente na pauta de votação da primeira sessão ordinária desta segunda semana de setembro.
A proposta determina a militarização das seguintes unidades escolares goianas: Colégio Estadual Thomaz Adorno, situado no Bairro Santa Efigênia, no município de Niquelândia; Colégio Estadual Joaquim Thomé de Almeida, situado no Centro, no município de Minaçu; Colégio Estadual Arapoema Meireles, situado no Centro, no município de Campinorte; e Colégio Estadual Mercedes Zetola, situado no Centro, no município de Aragarças.
Se aprovado hoje, todos os colégios acima mencionados passarão a ser Colégios da Polícia Militar do Estado de Goiás
O deputado Helio de Sousa defende sua iniciativa alegando que é sabido que a criação de colégios militares tem sua eficácia e credibilidade atestadas pela comunidade, que ressalta, inclusive, os ensinamentos de cidadania que são ministrados, com destaque para o respeito ao cidadão.
“Por tais razões, com vistas à ampliação desse padrão de qualidade, é que apresento a presente proposição objetivando criar colégios militares para atender também à população dos municípios de Niquelândia, Minaçu, Campinorte e Aragarças”, explica.
Caso aprovada na sessão, a matéria estará apta a ser encaminhada para sanção do governador de Goiás, Zé Eliton.
Alunos de colégios militares custam três vezes mais que alunos de colégios públicos estaduais
Cada aluno de colégio militar custa ao país três vezes mais do que quem estuda em escola pública regular. São R$ 19 mil por estudante, por ano, gastos pelo Exército nas 13 escolas existentes – que têm piscinas, laboratórios de robótica e professores com salários que passam dos R$ 10 mil. As informações são do jornal Estadão.
Ainda de acordo com o jornal, o setor público investe, em média, R$ 6 mil por estudante do ensino básico anualmente. Se todos os alunos de 11 a 17 anos estivessem matriculados em instituições militares, seriam necessários R$ 320 bilhões por ano, o triplo do orçamento do Ministério da Educação (MEC).
Goiás já tem mais de 40 colégios militares
Em janeiro deste ano, o então governador Marconi Perillo inaugurou, no Setor Triunfo I, em Goianira, o Colégio Estadual Militar José Silva Oliveira. A unidade, que funciona em três turnos com 1.500 alunos, foi o 42º colégio militar do Governo de Goiás inaugurado.
O governador comemorou a marca de 42 colégios militares do Governo do Estado e informou que serão construídos mais 33. “Os colégios militares de Goiás estão entre os primeiros do Brasil”, declarou à época.