Uma enfermeira da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Rio Verde, na Região Sudoeste de Goiás, foi agredida após barrar entrada de PM em uma sala exclusiva para funcionários e pacientes. Caso ocorreu na tarde de segunda-feira (10/9).
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, a mulher levou uma “gravata” no pescoço e um “pisão” na panturrilha, depois de tentar impedir o policial de entrar em uma sala, identificada como sala vermelha, dedicada para pacientes que necessitam de cuidados e vigilância intensivos enquanto aguardam a definição do diagnóstico.
Em um vídeo, gravado por funcionários da UPA, é possível ver algumas médicas e enfermeiras do local discutindo com o PM depois da agressão. Nas imagens, uma médica repudia a atitude do policial. Veja:
A SMS esclareceu ainda que a entrada no espaço é “expressamente proibida para qualquer pessoa que não faça parte do quadro de colaboradores.” No momento do ocorrido, enfermeiras e médicos da UPA advertiram os policiais a não entrarem no local.
Logo após a confusão, vários colaboradores da UPA tentaram impedir a fuga do policial, mas o PM teria tomado o controle do guarda para abrir o portão. Este outro vídeo registrou o momento em que os PMs tentam sair do estacionamento da unidade. Confira:
Em nota, a assessoria de Comunicação do 2º Batalhão de Polícia Militar da cidade, informou que o PM foi imediatamente afastado das atividades operacionais. A assessoria da PM esclareceu ainda que foi aberta uma sindicância para apuração da conduta do militar.
Confira a nota na íntegra:
“A assessoria de Comunicação do 2º Batalhão de Polícia Militar, traz a público esclarecimentos acerca do fato ocorrido na Unidade de Pronto Atendimento-UPA da cidade de Rio Verde.
A Polícia Militar (PM) informa que diante da veiculação do incidente envolvendo profissional de segurança pública, tão logo tomou conhecimento da ação policial promovida naquela unidade de saúde, determinou preliminarmente, o afastamento do serviço operacional do policial ora envolvido nos fatos, bem como a abertura de sindicância para apuração da conduta do policial militar.
Em virtude das informações veiculadas em redes sociais sobre o fatídico, fez o comando do 2ºBPM, vir a público externar repúdio a qualquer ação que macule a boa imagem da corporação policial militar com as demais instituições.”
Ainda não se sabe por qual motivo os PMs queriam entrar na sala da UPA. A Prefeitura de Rio Verde, em nota, disse que “repudia qualquer tipo de agressão, lamenta o ocorrido na UPA e confia na apuração dos fatos pelos órgãos competentes.”