A Polícia Militar da Paraíba prendeu nesta segunda-feira, 10, dez pessoas suspeitas de ligação com a fuga na penitenciária de segurança máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, em João Pessoa. A quadrilha estava em um flat na praia de Manaíra, na capital paraibana. Segundo o comandante-geral da PM, coronel Euller Chaves, os cinco homens e cinco mulheres são da cidade de Campina Grande, no interior do Estado, e com eles foram encontradas armas, munições e drogas.
A ação no presídio tinha como objetivo libertar quatro homens que foram presos no mês passado, suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubos a bancos e carros-fortes. Eles haviam sido presos em Lucena, na região metropolitana de João Pessoa, após atacarem uma equipe que fazia transporte de valores na BR-230, próximo à cidade de Cruz do Espírito Santo.
Até as 19h, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) havia informado que 49 foragidos já foram recapturados. Pela manhã, o órgão havia divulgado que 105 presos fugiram, mas depois de uma recontagem o número foi corrigido para 92.
Governador diz que polícia não tem como reagir
O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), admitiu que a Polícia Militar não tem como reagir a ataques como o que aconteceu no presídio PB1. Ele disse que as armas que a quadrilha utilizou na ação possuem as mesmas características das que são usadas por terroristas e, por isso, as forças de segurança do Estado não possuem liberação.
“É um ataque de uma organização criminosa utilizando recursos de terrorismo, que usa armas proibidas até para a polícia. As polícias não podem ter essas armas, mas aqui no Brasil os criminosos comumente têm acesso. Tem coisas que você consegue evitar e tem coisas que não são possíveis”, falou.