Os mercados acionários da Europa terminaram em alta o pregão desta segunda-feira, 10, de olho principalmente em questões regionais, como o Brexit e a Itália, enquanto investidores também monitoram possíveis desdobramentos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O índice Stoxx-600 registrou alta de 0,51%, aos 375,68 pontos.
A Bolsa de Milão liderou os ganhos, à medida que o índice FTSE MIB avançou 2,30%, para 20.918,90 pontos, mesmo sem novidades sobre a discussão orçamentária no país. Analistas do Morgan Stanley avaliam que “um alto grau de incerteza italiana já está no preço e a ausência de mais ‘más notícias’ seria suficiente para causar um alívio nos bancos e ações do país”. Além disso, hoje, o ministro da Economia do país, Giovanni Tria, disse que o governo adotará medidas fiscais prudentes. No setor financeiro, destaque para os papéis do Intesa Sanpaolo, que avançaram 4,53%, enquanto os do UniCredit ganharam 4,67% e os do Banco BPM subiram 4,85%.
Em Londres, o FTSE 100 oscilou durante a sessão em meio ao fortalecimento da libra ante o dólar, o que pesa em empresas exportadoras, depois que o negociador-chefe da União Europeia (UE) para o Brexit, Michel Barnier, afirmou que, “realisticamente”, um acordo com o Reino Unido para a saída do bloco pode ser alcançado “nas próximas seis a oito semanas”, de acordo com informações publicadas no Twitter pela Embaixada Britânica na Eslovênia. O índice encerrou perto da estabilidade, com ganhos de 0,02%, aos 7.279,30 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX registrou alta de 0,22%, aos 11.986,34 pontos. Já na capital francesa, o CAC 40 ganhou 0,33%, para 5.269,63 pontos, enquanto o Ibex 35, em Madri, subiu 1,09%, aos 9.270,80 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,88%, aos 5.279,09 pontos.
Ainda no radar está a cautela com EUA e a China. Na última semana, em meio às preocupações de que Washington pode impor novas tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, o presidente americano, Donald Trump, afirmou estar pronto para tarifar não só esse montante como também outros US$ 267 bilhões em importações do país asiático. O governo de Pequim reafirmou que, caso isso ocorra, vai retaliar.
Mais cedo, investidores também acompanharam a divulgação da produção industrial do Reino Unido, que cresceu 0,1% em julho na comparação com o mês anterior, ao contrário da previsão de estabilidade, informou o Escritório Oficial de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país. A instituição também divulgou que o déficit comercial global do Reino Unido diminuiu de 10,7 bilhões de libras em junho para 10 bilhões de libras (US$ 13 bilhões) em julho, também na direção contrária à projeção, de aumento no déficit para 11,7 bilhões de libras.