Uma festa no edifício Portal das Flores, no setor Negrão de Lima, em Goiânia, terminou com tiros e três feridos na noite de sábado (8/9).
O dono da residência chamou colegas de um cursinho para uma confraternização. Na festa, além de outros agentes, policiais e convidados. “Na verdade, não tinha agente penitenciário e, sim, vigilante penitenciário temporário”, explica o presidente do Sindicado dos Agentes Prisionais do Estado de Goiás, Maxuell Miranda das Neves.
Por volta das 21h, dono da casa expulsou João Henrique Barbosa de Oliveira, 28 anos, que estava acompanhado do aluno soldado da PM, Juscimar Carmo Brito da Silva. Em entrevista ao Portal Dia Online, o porta-voz da PM, tenente-coronel Pascoal, o aluno soldado não teve envolvimento na confusão.
Expulso da festa, o agente prisional temporário voltou armado com uma pistola calibre 7.65. Além de disparos para cima, subiu em uma grade e acertou três pessoas que estavam próximo a uma churrasqueira.
Duas mulheres e um homem foram atingidos: Rhaiana Lima de Oliveira, com um tiro de raspão, Neyanne de Souza Silva, levada para o Cais Campinas e Daniel Rodrigues Andrade Valente, levado para o Cais Novo Mundo. Os três já estão em casa.
Autor de tiros em Goiânia foi preso em Aparecida
Uma das pessoas que estavam no local informou o endereço do suspeito de atirar na festa aos policiais militares que chegaram para atender a ocorrência. Ele foi encontrado no setor Mansões Paraíso, em Aparecida de Goiânia. Lá, encontraram o suspeito e o levaram para a Central de Flagrantes. O delegado Alvaro Melo Bueno, responsável pelo flagrante, não foi encontrado.
O porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Pascoal respondeu ao questionamento da reportagem acerca de especulações de que alunos soldados estivessem, outra vez, envolvidos na confusão. “Definitivamente, o aluno soldado ajudou a identificar o suspeito”, diz ele, na manhã de domingo.
“O que eu soube, depois de uma ligação, foi que teve uma festa envolvendo ex-colegas de um cursinho preparatório para concurso. Esta festa tinha vários convidados, como agentes carcerários. Houve uma vias de fato entre os integrantes. Uma das pessoas voltou e atirou”, diz Pascoal. “É um civil. Não foi aluno soldado, não”, ratifica.
Leia nota oficial da Polícia Militar sobre os tiros em Goiânia:
A Assessoria de Comunicação da PMGO esclarece que, a respeito do fato ocorrido nessa madrugada onde, preliminarmente, cogitou-se a participação de Alunos Soldados da PMGO, o autor dos disparos foi o civil JOÃO HENRIQUE BARBOSA DE OLIVEIRA (Dn 31/12/1990), o qual foi localizado em Aparecida de Goiânia e preso, com auxílio dos Alunos Soldados que também estavam presentes no evento.
O autor foi preso pela Policia Militar e a arma usada no crime, uma pistola Cal. 762, apreendida.
JOÃO HENRIQUE BARBOSA DE OLIVEIRA (Dn 31/12/1990) foi conduzido à Central de Flagrantes, juntamente com as vítimas e um Aluno Soldado da PMGO como testemunha, que auxiliou na identificação e localização do autor, onde foi lavrado o devido auto de prisão em flagrante.
Atualizado às 10h15 de segunda-feira (10/9).
Ao contrário do que foi publicado anteriormente, João Henrique Barbosa de Oliveira, não é um vigilante penitenciário temporário (VPT), um tipo de agente prisional temporário.