Ex-técnico do Corinthians, Fábio Carille está trabalhando há cerca de três meses no Al Wehda, da Arábia Saudita, mas não se “desligou” do ex-clube. Nesta sexta-feira, o treinador admitiu que segue acompanhando o que se passa no Brasil e defendeu Osmar Loss, que voltou a ser auxiliar do time paulista nesta semana após resultados ruins no Campeonato Brasileiro e eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores. Jair Ventura foi contratado para o cargo e começa a trabalhar já nesta sexta.
Em entrevista ao SporTV, Carille citou os desfalques e as vendas de jogadores como causas de uma “queda natural” de rendimento da equipe. “Qualquer treinador que estivesse lá teria uma queda. Quando se perde Balbuena, Rodriguinho, Maycon e Sidcley. Fagner machuca, Henrique teve que sair em algum momento. Não tem tempo de treinar, muitos jogadores sozinhos. Ano passado eram só duas competições, saímos na Sul-Americana e isso facilitou. Qualquer treinador neste momento iria encontrar problemas”, explicou.
O ex-treinador do Corinthians, campeão paulista e brasileiro em 2017, lamentou a falta de sucesso do amigo Osmar Loss, que teve um aproveitamento de menos de 50% como técnico. “É um período difícil não só para o Corinthians. Fico triste porque é uma pessoa que me ajudou muito e torci pelo sucesso, infelizmente não aconteceu. Vai chegar o Jair Ventura e espero que faça um grande trabalho pelo Corinthians”, disse.
Para Carille, o segredo para se ter sucesso no Corinthians é acertar a defesa. “O Corinthians tem uma forma de jogar, é uma forma que se assemelha ao que o Jair fez no Botafogo, muito bem protegido, defesa menos vazada”, analisou.
No final da entrevista, o treinador ressaltou que não deixou o Corinthians por dinheiro. “Não foi por causa de dinheiro, foi muito pessoal. Eu tive dois dias pra tomar a decisão. Eu teria ido para a China se quisesse dinheiro. Foram outras questões e estou muito feliz. Acredito que fiz a escolha certa”, finalizou.