Tudo É Irrelevante, Hélio Jaguaribe
(Brasil/2017, 83 min.)Dir. Izabel Jaguaribe, Ernesto Baldan. Com Fernanda Montenegro
Estreado na semana passada na Matilha Cultural, Tudo É Irrelevante, Hélio Jaguaribe amplia seu circuito para espaços talvez menos alternativos – sem nenhum menosprezo pela Matilha e pelo que representa de compromisso com a liberdade, a provocação e as novas estéticas. O próprio Hélio Jaguaribe, retratado pela filha, Izabel Jaguaribe, e pelo genro, Ernesto Baldan, se sentiria em casa.
Pertencente a uma geração de intelectuais que se dedicou a pensar o Brasil e a formular teorias para um capitalismo autônomo e participativo, Hélio sempre acreditou na integração latino-americana e no estabelecimento de uma sociedade mais humana e igualitária.
Muita gente – críticos – andou reclamando do que seria a parcialidade do olhar de Izabel e Baldan. O importante é que o filme não é reducionista. O personagem é, ao mesmo tempo, arrogante, convencido, contestador, soberbo. Modesto, nem sonhar. Tem humor – para um homem tão seguro em suas convicções, admitir que tudo é irrelevante dá bons motivos para pensamento.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.