O poderoso terremoto registrado em Hokkaido, ilha no norte do Japão na quinta-feira, 6 (hora local), provocou dezenas de deslizamentos de terra que esmagaram casas e mataram ao menos nove pessoas, segundo informou o primeiro-ministro Shinzo Abe. De acordo com autoridades, ao menos 366 pessoas ficaram feridas, 5 delas seriamente. Além dessas, cerca de 30 estão desaparecidas.
O terremoto, de magnitude 6,7 na escala Richter, sacudiu o país por volta das 3h08 da manhã e deixou quase 3 milhões de família sem energia.
O tremor paralisou o funcionamento da ilha. Blecautes deixaram residências sem água, trens e aeroportos tiveram suas atividades paralisadas. Centenas de voos foram cancelados e sistemas telefônicos, desligados.
Em Atsuma, onde colinas inteiras desmoronaram, equipes de resgate usaram pás e retroescavadeiras para procurar sobreviventes sob as toneladas de terra que enterraram casas e prédios agrícolas. Vinte e oito pessoas desapareceram na cidade, disse o prefeito Shoichiro Miyasaka ao canal público NHK. “Vamos continuar procurando por eles”, disse.
Segundo Miyasaka, a cidade recebeu refeições de emergência para até 2 mil pessoas e mais de 500 buscaram refúgio em abrigos.
A única usina nuclear da ilha de Hokkaido estava desligada para verificações de segurança rotineiras quando o terremoto aconteceu. O gerador de energia reserva foi ativado temporariamente após o tremor. Segundo especialistas, não há sinais de radiação anormal. As preocupações envolvendo usinas nucleares e terremotos aumentaram depois que um forte terremoto e tsunami abalaram o nordeste do Japão em 2011, destruindo as reservas interna e externa de energia da usina de Fukushima.
Segundo a Agência Meteorológica do Japão, o epicentro do terremoto foi a 40 quilômetros de profundidade. Ainda assim, o tremor causou danos em grande parte da ilha, relativamente pouco habitada. Muitas estradas foram fechadas e algumas ficaram intransitáveis. O canal NHK mostrou imagens de trabalhadores correndo limpado vidro quebrado e reinstalando painéis do teto que caíram no maior aeroporto da região de Chitose. Fonte: Associated Press