O Botafogo foi melhor, especialmente no segundo tempo, quando mandou bola no travessão e viu o goleiro Fábio fazer ao menos três grandes defesas. Mas não conseguiu transformar as boas chances em gol e ficou no empate por 1 a 1 com o Cruzeiro nesta quarta-feira, no estádio do Engenhão, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O resultado é péssimo para o time alvinegro, que soma 26 pontos e continua próximo da zona de rebaixamento. O Cruzeiro está na parte intermediária da tabela, com 32 pontos, e cada vez mais distante dos líderes. O Botafogo tem agora o clássico contra o Fluminense, domingo, às 16h, no Maracanã, pela 24ª rodada. O Cruzeiro visita o Sport no sábado, às 16h, no estádio Ilha do Retiro.
As equipes fizeram um primeiro tempo truncado, mas foi quando saíram os gols. Luiz Fernando abriu o placar para o time anfitrião e Edilson, em cobrança de falta da intermediária, deixou tudo igual. Na etapa final, o Botafogo pressionou, mas parou no goleiro Fábio, que fez grandes defesas. Igor Rabello ainda acertou o travessão.
O JOGO – O Botafogo começou tentando pressionar o adversário. E conseguiu abrir o placar logo aos nove minutos. Erik ganhou a disputa de cabeça com Marcelo Hermes, mandou a bola para o meio da área. Luiz Fernando apareceu, dominou no peito e mandou para as redes.
A partida seguiu truncada, com muita marcação no meio-campo e pouca qualidade técnica. O Botafogo conseguia anular os principais jogadores de criação do Cruzeiro e era ligeiramente superior na partida. O time anfitrião teve boa oportunidade de ampliar, mas Kieza fechou o olho na hora de cabecear e o desvio saiu pela lateral.
O Cruzeiro chegou ao empate com um golaço de Edilson aos 37 minutos. Ele cobrou falta da intermediária e o goleiro Saulo, mal posicionado, aceitou. Nos minutos finais o jogo esquentou. Edilson cometeu falta em Luiz Fernando, que levantou para tirar satisfação. O lateral cruzeirense fingiu que levou um soco e caiu. O árbitro deu um amarelo para cada.
Nos acréscimos, Fábio saiu estabanado do gol e deu um soco nas costas de Kieza, que caiu e precisou de atendimento médico. Os jogadores do Botafogo reclamaram pênalti, mas o árbitro mandou seguir. No intervalo, Edilson pediu desculpas pelo lance da simulação: “Sempre falo que não tem que simular, mas acabei simulando naquele lance”, disse.
O Botafogo voltou melhor para o segundo tempo e teve três boas chances para ampliar. Na primeira, Igor Rabello cabeceou e acertou bola no travessão. Nas outras duas, Fábio salvou o Cruzeiro. Ele defendeu chute cruzado de Luiz Fernando da entrada da área e depois, à queima roupa, espalmou a batida de Kieza.
O Cruzeiro não conseguia chegar ao gol adversário. Em uma das raras chances, após um cruzamento da esquerda, Raniel caiu na área e reclamou que teria sido agarrado por Igor Rabello. O árbitro mandou seguir.
Os donos da casa eram melhores e pararam mais uma vez em Fábio. Após cruzamento pela direita, Ezequiel tentou cortar dos pés de Aguirre e mandou contra sua meta. O goleiro do Cruzeiro salvou na linha do gol e garantiu o empate.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 1 X 1 CRUZEIRO
BOTAFOGO – Saulo; Marcinho, Joel Carli, Igor Rabello e Moisés; Jean (Matheus Fernandes), Rodrigo Lindoso e Gustavo Bochecha; Luiz Fernando (Ezequiel), Erik e Kieza (Aguirre). Técnico: Zé Ricardo.
CRUZEIRO – Fábio; Edilson (Ezequiel), Léo, Murilo e Marcelo Hermes; Henrique, Ariel Cabral, Bruno Silva (Rafael Sobis), Thiago Neves (Éderson) e Rafinha; Raniel. Técnico: Mano Menezes.
GOL – Luiz Fernando, aos nove, e Edílson, aos 37 minutos do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Raphael Claus (SP)
CARTÕES AMARELOS – Luiz Fernando, Jean e Joel Carli (Botafogo); Henrique, Edilson e Bruno Silva (Cruzeiro)
PÚBLICO – 5.320 pagantes (5.749 no total).
RENDA – R$ 70.240
LOCAL – Estádio do Engenhão, no Rio