Um dos escolhidos para as entrevistas coletivas da seleção brasileira nesta quarta-feira, o volante Arthur era apenas sorrisos diante dos jornalistas. Afinal, não bastasse a convocação para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador, o jogador de 22 anos vive nova fase na carreira no Barcelona, onde começa a ganhar seu espaço e já arrancou elogios até de Lionel Messi.
“Se me perguntassem há um tempo quais meus dois maiores sonhos, eu responderia que eram jogar na seleção brasileira e no Barcelona. Estou vivendo uma fase fantástica, tenho muito a conquistar e fico muito feliz pelo momento. Mas mantenho os pés no chão porque sei que não posso deslumbrar”, declarou.
Na segunda-feira, Messi deu entrevista a uma rádio catalã e, ao ser perguntado sobre os reforços do Barcelona para a temporada, se disse surpreso com Arthur. E o argentino ainda foi além, ao comparar o brasileiro a Xavi “porque gosta de ter a bola, jogar curto, não perdê-la”. “É muito seguro, tem o nosso estilo”, considerou o craque.
“Fico muito feliz por receber elogios do Messi, principalmente dele, um cara excepcional. Me faltam palavras para expressar o tanto que ele representa ao futebol. É uma responsabilidade muito grande defender o Barcelona e a seleção. É seguir fazendo o que venho fazendo. Não tem muito o que falar, é provar dentro de campo”, comentou Arthur.
Apesar do ótimo momento, não será nesta sexta que o volante será titular da seleção. Diante dos Estados Unidos, em New Jersey, Tite preferiu manter a base que foi à Copa do Mundo e escalará 10 remanescentes do torneio – apenas o lateral Fabinho será a novidade. Arthur viu a reserva neste primeiro teste com naturalidade.
“O Tite já tem um trabalho formado com eles (remanescentes). Quem está chegando precisa entrar nesse processo, tem muita coisa a aprender. Quem já foi convocado se adapta melhor ao esquema. É justiça, não tem mistério. A gente, que está chegando agora, tem que observar tudo, aproveitar e tirar os ensinamentos”, avaliou.
Sobre o adversário de sexta, Arthur admitiu ainda não ter muito conhecimento. “Não acompanho muito. A comissão passa os últimos detalhes antes do jogo. Mas me falaram que é uma equipe técnica, que sabe jogar com a bola nos pés e taticamente é muito boa. Todo cuidado é pouco.”