De acordo com boletim médico, o período crítico de saúde das gêmeas siamesas já passou.
Elas seguem internadas em estado grave na UTI do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), em Goiânia, mas os médicos consideram surpreendente a forma como as duas vem evoluindo.
Elas ainda não tem previsão de alta. A mãe delas, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, já recebeu alta médica e passa bem.
Viviane é de Salvador (BA) e veio para Goiânia em busca de um parto seguro, visto que HMI é uma unidade de referência no Brasil em separação de gêmeos siameses.
Cirurgia de separação foi feita com êxito
Débora e Catarina nasceram no dia 22 de agosto com 37 semanas. Ligadas pelo tórax e abdômen e compartilhando apenas o fígado, as duas vieram ao mundo.
A separação aconteceu no dia seguinte em caráter emergencial, pois uma das meninas, Débora, nasceu com uma cardiopatia cianogênica grave.
A cirurgia foi feita com êxito. O procedimento de separação, que foi o foi o 18º realizado no HMI, durou aproximadamente 4h30 e contou com a participação de cerca de 15 profissionais.
O médico-cirurgião foi Zacharias Calil, um dos mais procurados para separar siameses no mundo. No currículo dele, são mais de 37 casos, com 17 separações de bebê.
Recuperação surpreendente
A recuperação das duas é surpreende justamente pela gravidade do quadro. A situação ainda é delicada, mas o período crítico passou. Hoje Catarina já respira voluntariamente, ela ainda recebe oxigênio, mas só como auxílio.
Débora ainda precisa dos aparelhos, mas o quadro geral é bom. A medicação já diminuiu e a cicatrização das duas está sendo rápida.
As duas se alimentam com leite materno por meio de uma sonda.
Débora, ainda precisa de uma nova cirurgia, mas primeiro precisa ganhar peso e se fortalecer, por isso ainda não se sabe quando o procedimento poderá ser feito.