A Polícia Civil de Goiás (PC), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), deflagrou na madrugada desta quinta-feira (30/8) a Operação Zayn, que visa combater o roubo de veículos e cargas em Goiás e em outros estados.
A operação foi deflagrada após 18 meses de investigação numa força-tarefa entre a PC e a PRF. Estão sendo cumpridos hoje um total de 35 mandados de prisão e 62 mandados de busca e apreensão em Goiás, Pará, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo.
Só em Goiás estão sendo cumpridos 26 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão, nos municípios de Nerópolis, Padre Bernardo, Luziânia, Itumbiara e Anápolis.
Os presos deverão ser encaminhados à sede da Delegacia da PRF no Jardim Guanabara, em Goiânia, para exames de corpo de delito.
A operação conta com cerca de 340 policiais civis e rodoviários federais.
De acordo com o delegado Alexandre Bruno Barros, titular da Decar, a organização criminosa alvo da Operação Zayn já teve 19 integrantes presos nos últimos meses. Barros destaca, ainda, que a ação em parceria com a PRF já proporcionou a recuperação de 25 caminhões antes da deflagração das diligências desta quinta-feira.
A concentração da Operação aconteceu na madrugada desta quinta, às 4h, na sede do Tribunal de Contas Estado, em Goiânia, e contou com a presença de membros do Ministério Público.
A organização criminosa
Segundo informações veiculadas na imprensa local, a quadrilha atuava no sequestro de motoristas e roubo de carga. Os integrantes usavam mulheres atraentes para fazer os motoristas pararem nas estradas, e logo em seguida os surpreendiam, sequestrando os condutores e roubando a carga trazida por eles nos veículos de grande porte.
Após 18 meses de investigações e levantamentos de inteligência policial, foram identificados os membros da organização criminosa responsável por dezenas de crimes cometidos em vários estados, como sequestros, furtos e roubos de carga, adulteração veicular, falsificação de documentos, fraude em sistemas de informática de DETRANs e enriquecimento ilícito.
O aparato da quadrilha era requintado: composta por núcleos em diferentes estados e com diferentes funções, contava com divisões logísticas, motoristas profissionais e criminosos armados. Os chefes lideravam os núcleos enquanto amealhavam patrimônio considerável. A organização era diferenciada: nove empresas foram identificadas como fazendo parte da organização.
O trabalho integrado entre as duas polícias resultou no cumprimento de 97 noventa e sete medidas cautelares, sendo 35 trinta e cinco Mandados de Prisão e 62 sessenta e dois Mandados de Busca e Apreensão, todos cumpridos em sincronia nos estados de Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Pará e Rondônia.