O estado de saúde das gêmeas siamesas que passaram por uma cirurgia de separação na última quinta-feira (23/8) é considerado grave, mas estável.
Segundo boletim médico do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), em Goiânia, divulgado hoje (29/8), as irmãs seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, respiram com a ajuda de aparelhos e se alimentam por meio de dieta líquida, via sonda nasogástrica.
Elas ainda não tem previsão de alta. A mãe delas, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, já recebeu alta médica e passa bem.
Viviane é de Salvador (BA) e veio para Goiânia em busca de um parto seguro, visto que HMI é uma unidade de referência no Brasil em separação de gêmeos siameses.
Cirurgia de separação foi feita com êxito mas estado das irmãs ainda é grave
As gêmeas, que receberam os nomes de Débora e Catarina, nasceram no dia 22 de agosto com 37 semanas. Ligadas pelo tórax e abdômen e compartilhando apenas o fígado, as duas vieram ao mundo pesando um total de 4.785 quilogramas.
A cirurgia foi feita no dia 23 de agosto, um dia após o nascimento, em caráter emergencial por causa do quadro de uma delas que possui uma cardiopatia cianogênica grave. Este foi o 18º procedimento de separação realizado no HMI.
O médico-cirurgião foi Zacharias Calil, um dos mais procurados para separar siameses no mundo. No currículo dele, são mais de 37 casos, com 17 separações de bebê.
O procedimento de separação de Débora e Catarina durou aproximadamente 4h30 e contou com a participação de cerca de 15 profissionais. A cirurgia foi realizada com “êxito”, mas o estado de saúde das meninas, apesar de ter apresentado melhoras nos últimos dias, ainda é grave.
Uma delas, Débora, precisa de uma nova cirurgia com urgência, mas devido seu estado delicado, ainda não se sabe quando o procedimento poderá ser feito.