O estado de saúde das gêmeas siamesas que passaram por uma cirurgia de separação nesta quinta-feira (23/8) é gravíssimo.
Segundo boletim médico do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), em Goiânia, divulgado nesta sexta-feira (24/8), as irmãs seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e respiram com a ajuda de aparelhos.
As gêmeas nasceram nesta quarta-feira (22/8), por volta das 10h30, com 37 semanas. Ligadas pelo tórax e abdômen e compartilhando apenas o fígado, as duas vieram ao mundo pesando um total de 4.785 quilogramas.
Cirurgia de separação das gêmeas siamesas foi feita em caráter de emergência
A cirurgia foi feita tão rápido, apenas um dia após o nascimento, por causa do quadro de uma delas que possui uma cardiopatia cianogênica grave. Este foi o 18º procedimento de separação realizado no HMI.
O médico-cirurgião foi Zacharias Calil, um dos mais procurados para separar siameses no mundo. No currículo dele, são mais de 37 casos, com 17 separações de bebê – o último caso em 23 de maio.
A primeira separação aconteceu há 18 anos quando foram separadas as gêmeas Larissa e Lorrayne Gonçalves – uma delas morreu aos sete anos. A separação das garotas foi a primeira a ser feita no Centro-Oeste do país.
A cirurgia de separação de ontem durou aproximadamente 4h30. Cerca de 15 profissionais participaram do procedimento. A cirurgia foi realizada com “êxito”, mas o estado de saúde das meninas ainda preocupam os médicos.
A situação da mãe, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, é boa, mas ela ainda não tem previsão de alta. De acordo com o boletim médico de hoje, ela segue internada na enfermaria da Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HMI.
Viviane é de Salvador (BA) e veio para Goiânia em busca de um parto seguro, visto que HMI é uma unidade de referência no Brasil em separação de gêmeos siameses.