Um falso policial foi preso nesta quinta-feira (23/8) na cidade de Jaraguá. O homem que alegou ser estudante de direito tentou enganar autoridades em um restaurante do município.
A prisão aconteceu depois que Weber Quintino dos Santos se apresentou como colega de serviço para uma equipe de investigadores que almoçava às margens da rodovia BR-153, na Zona Rural da cidade.
Weber entrou em contato primeiramente com um policial na fila do self-service. Ele afirmou trabalhar em Goianésia e perguntou quem era o delegado titular de Jaraguá. O policial verdadeiro então apontou para Glênio Ricardo Costa sentado em uma mesa próxima da fila.
Logo em seguida Weber se apresentou ao delegado, sentou-se à mesa com as autoridades e no decorrer da conversa acabou tendo a farsa descoberta.
Autoridades desconfiaram do falso policial
O estudante contou que trabalhava na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) e que estava em Jaraguá em serviço, investigando um caso de roubo de cargas.
A primeira desconfiança surgiu daí, pois geralmente, a delegacia responsável por esse tipo de investigação é a Decar (Delegacia Especializada em Roubo de Cargas).
Ao ser questionado sobre para quem trabalhava na DEIC, o rapaz apontou o nome da delegada Mayana Rezende, segundo ponto a intrigar os policiais. De acordo com a polícia civil, a delegada foi transferida da delegacia.
Suspeitando de que se tratava de um falso policial, o delegado Glênio fez uma última pergunta ao homem. Questionou quem era a autoridade policial titular da DEIC. Atualmente o delegado à frente da delegacia é Valdemir Pereira, mais conhecido como “Branco”. O homem, no entanto, afirmou ser o delegado Paulo Sérgio.
Quando o delegado pediu a carteira funcional de Weber ele confessou não ser policial civil. Costa então mandou que o rapaz se retirasse da mesa.
Perseguição ao falso policial
Após o ocorrido, o rapaz que foi embora do local com outro homem em um carro branco. Os policiais seguiram o veículo e o abordaram na barreira da Polícia Rodoviária Federal da BR-153.
Em revista no carro foram encontrados uma pistola calibre 380, cujo número de registro vencido há mais de um ano, 19 munições intactas, um distintivo emborrachado do Grupo Tático 3 (GT-3) da Polícia Civil, além de dois coldres.
Weber confessou que não tinha legal da arma, razão pela qual foi preso em flagrante. Na delegacia, o homem disse ser estudante de direito e ter parente policial.
A polícia descobriu ainda que Weber já havia se passado como policial antes. Em registros do sistema informatizado da Polícia Civil, ficou constatado que o homem passava-se por policial civil da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) na faculdade em que estudava.
Weber foi autuado por porte ilegal de arma de fogo e pela contravenção penal de fingir ser funcionário público. O outro homem que estava no carro com Weber não tem participação nos crimes do rapaz.
Outro homem foi preso em maio deste ano ao se passar por policial civil. O homem foi flagrado pela PRF usando o documento de um agente furtado em 2011. Ele foi enquadrado por uso de documento falso.