A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), realizou uma audiência pública na última quinta-feira (23/8), em Goiânia, para debater um possível aumento da tarifa de energia cobrada em Goiás. O reajuste para o consumidor comum seria de 12%, e para empresas e indústrias (de alta tensão) seria de 24,65%.
Se aprovados pela diretoria do órgão, os valores passam a ser cobrados a partir do dia 22 de outubro deste mesmo ano.
Os reajustes são previstos anualmente. Conforme a Aneel, os principais fatores que incidiram sobre o aumento no último período analisado foram os longos períodos de seca, que tornaram necessário o acionamento de usinas térmicas, encarecendo o serviço.
Durante o evento, a Aneel também avaliou o serviço prestado pela Enel, empresa responsável pela distribuição de energia em Goiás, e fez duras críticas.
“O acompanhamento da Agência mostra que a Enel Goiás não é uma boa empresa. Ela tem muito espaço ainda para melhorar. Ela já sofreu multas por causa disso, pagou compensação aos consumidores. A Agência continua nesse trabalho para que a qualidade seja atingida”, declarou o superintendente adjunto do órgão, Hugo Lamin.
Por meio de nota, a Enel informou que “desde que assumiu o controle da distribuidora de energia de Goiás, em fevereiro de 2017, tem ampliado os investimentos e automatizado a operação do sistema elétrico para modernizar e ampliar a capacidade da rede”. Ainda conforme a nota, as intervenções feitas têm efeitos a médio e longo prazos. A companhia afirmou ainda que já investiu R$ 830 milhões e vai investir outros R$ 2 bilhões até 2020.
Aumento na conta de luz também havia sido anunciado em julho deste ano
Em julho deste mesmo ano, a Enel havia anunciado um reajuste de 15,72% na conta de luz do consumidor goiano. A informação havia sido repassada no dia 24/7 durante reunião do conselho diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Entretanto, a agência declarou que só “bateria o martelo posteriormente. Os índices finais serão aplicados a partir de 22 de outubro”. Foi a primeira revisão tarifária da Celg/Enel desde que a empresa foi privatizada pela Eletrobras em 2016.