Desenvolvido por alunos das graduações em Direito, Engenharia Civil e Administração de uma instituição de ensino superior em Goiânia, o projeto batizado de “Pare a Fome” surgiu como atividade da disciplina de um MBA, e só na última quarta-feira (22/8) produziu e distribuiu pacotes de alimentos desidratados capazes de alimentar até sete mil pessoas carentes. O projeto, que está sendo expandido, tem o objetivo de alimentar 50 mil pessoas até o final do ano.
Partindo de uma iniciativa do Professor Marcius Cambuí, que ministra aulas no MBA em Agronegócio e Agroindústria com ênfase em Sustentabilidade, os alunos do Instituto de Graduação e Pós-Graduação (IPOG) se juntaram numa grande força-tarefa para concretizar o projeto Pare a Fome, que já está em sua 5ª edição.
Os alunos se empenharam ao longo de um dia inteiro, na última quarta-feira (22/8), para produzir 1.400 pacotes de um tipo de alimento desidratado que, quando cozido, é capaz de alimentar até cinco pessoas. “Os pacotes de 380 gramas são ricos em proteína de soja, com cebola, alho, tomate e arroz”, explica o Professor Marcius.
Os pacotes de alimentos, que têm validade de seis meses e, somados, podem alimentar sete mil pessoas, foram recebidos pela ONG Núcleo Esperança, localizada em Anápolis. A organização oferece apoio para famílias de crianças com câncer e que fazem tratamento em hospitais de Goiânia.
O projeto contou com a participação de um total de 100 alunos, sob a supervisão do Professor Marcius. De acordo com ele, o projeto já ajudou outras instituições. “Em 2016 a instituição beneficiada com o projeto foi a AMAR, que recebeu à época 300 porções do alimento. Já no ano passado, os 1.980 pacotes de alimento foram destinados a Curimatá – PI”, conta.
Segundo Bruno Azambuja, assessor de imprensa do IPOG, o projeto está em expansão e pode alimentar 50 mil pessoas até o fim do ano. “Não tenho detalhes para dar agora, mas a intenção é produzir 10 mil pacotes [de alimento] até o final do ano”, revela.
Para o assessor de imprensa, em entrevista ao Dia Online, a união dos alunos foi essencial para a realização do projeto, que não conta com nenhuma ajuda governamental. “Quando as pessoas se juntam nesse intuito de doação, elas passam a fazer parte de um coletivo para uma verdadeira mudança, e ela está ao nosso alcance”, finaliza.
Pessoas carentes em Goiânia
De acordo com dados do Cadastro Único, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), há apenas na Capital de Goiás 87 mil famílias pobres, conforme levantamento de dezembro do ano passado. Um programa que beneficia essas pessoas é o bolsa família do Governo Federal. Apesar disso, conforme dados de fevereiro apenas 59,3% das famílias em situação de pobreza recebem o benefício.