Ministério Público denunciou nesta quarta-feira (8/2), o médico Joaquim de Sousa Lima Neto, de 58 anos, investigado por abusar sexualmente de pacientes.
Joaquim, que exercia como ginecologista, mas não tinha registro que validasse a profissão, foi preso no dia 23 de janeiro depois que pacientes o denunciaram por estupro. A primeira denúncia foi feita na 1ª Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) de Goiânia, logo outras pacientes também se apresentaram na delegacia.
Ao todo, 40 mulheres fizeram denúncias formais na DEAM. O médico, que já havia sido condenado em 2015 por crime de violação sexual, foi preso ainda no dia 23 de janeiro.
No dia 25 de janeiro, a defesa do médico informou que havia pedido a revogação da prisão dele. A defesa alega ainda que Joaquim de Sousa não representa risco algum à sociedade ou às investigações, por isso deve responder em liberdade.
A fim de que o médico responda o processo preso, nesta quarta-feira (8/2) o Ministério Público, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Goiânia, denunciou o médico pela prática de crimes de estupro, violação sexual mediante fraude contra diversas vítimas e por falsidade ideológica.
O Dia Online recebeu com exclusividade a denúncia apresentada pelo Ministério Público.
“Por todo o exposto, vem o Ministério Público, nos termos no artigo 41 do Código de Processo Penal, oferecer DENÚNCIA contra JOAQUIM DE SOUZA LIMA NETO, por infração aos artigos 215 (quatro vezes) e 215 c/c 14, c/c 71, 213, caput, (três vezes) e 299, c/c 69, todos do Código Penal, requerendo que, recebida esta, seja aquele citado para, no prazo de 10 (dez) dias, responder às acusações que lhes são feitas, e processado pelo rito pertinente, ouvindo-se as vítimas e testemunhas abaixo indicadas, para, ao final, confirmada esta, ser condenado na forma da lei, fixando valor mínimo para a reparação dos danos causados às ofendidas.”
De acordo com a denúncia, o MP oferece 10 dias para que as vítimas sejam ouvidas e para o que médico responda às acusações. Em sete páginas de documento o MP descreve as denúncias das vítimas de acordo com os relatos das mesmas.